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Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

Colunas/Opinião

A estagiária e a bombeira

Todos conhecem a precocidade das moçoilas da Amazônia. Foi até dissertação de mestrado e livro de um renomado desembargador mitiga

A estagiária e a bombeira
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Todos conhecem a precocidade das moçoilas da Amazônia. Foi até dissertação de mestrado e livro de um renomado desembargador mitigando os rigores da lei nos crimes sexuais na Amazônia, incursando pela teoria da vitimologia.
Essa teoria aborda, dentre outros, a perigosidade vitimal, que é um estado psíquico e comportamental em que a vítima se coloca estimulando a sua vitimização, como por exemplo, a mulher que usa roupas provocantes, estimulando a libido do estuprador no crime de estupro. 
Seria assim os estímulos agressivos que a vítima projeta objetiva e subjetivamente sobre si ou sobre outrem, favorecendo ou estimulando nesses uma conduta violenta, impulsiva e agressiva capaz de provocar danos e sofrimentos em si próprio.
Gostem ou não da tese, mas é fato social! 
Evidente que não podemos fechar os olhos para a violência sexual contra as meninas da Amazônia, vez que é uma realidade assustadora diante dos expressivos dados estatísticos.
Feito esse introito vestibular, vamos parar com a mania de juridiquês e começar a crônica?
Bem, o doutor recém-empossado no cargo da justiça era frequentemente assediado pelas estagiárias, mas como canja de galinha e precaução não fazem mal a ninguém, ficava na sua, era muito reservado.
Na confraternização de final de ano, embalados pelas brisas etílicas num restaurante sobre as águas do majestoso Rio Amazonas, a estagiária e o doutor, ambos com os freios inibitórios dissolvidos nos copos de bebida, se aprochegaram e o papo começou a esquentar.


-Doutor, o senhor é gay - sapecou-lhe a estagiária. 
-kkkkkk, lógico que não! De onde você tirou isso? 
-É que o doutor nunca me deu moral. Nunca percebestes que eu dava mole “patu”?
O doutor lhe explicou as consequências do assédio moral ou sexual no ambiente de trabalho e, além disso, era casado e estava em fase probatória. 
-Pois é, mas o meu estágio acabou, não há mais o risco de assédio. Você não me acha bonita? Bora me conhecer melhor. Você não gosta de curtir a night?
O mancebo ficou desconcertado, mas já havia sido advertido que as mulheres do norte são bem avançadinhas e isso não quer dizer necessariamente nada em termos morais. Costume é costume.
-Quem sabe um dia, né? – respondeu o doutor. E trocaram telefone.
Em um sábado o doutor abriu seu whatsapp e lá estava o convite:
-Doutor, bora curtir um barzinho reggae, adoro dançar. Vou levar uma amiga que lhe quer conhecer, ela é bombeira militar e adora apagar um fogo (rsss).
Lá chegando, as duas dançavam já embaladas por doses generosas de caipiroska. O doutor não sabia dançar reggae, mas reggae não precisa saber dançar, é só ficar balançando os braços! Kkkk.
Já na 6ª dose de caipiroska, a estagiária foi ao banheiro.
Ficou sozinho com a bombeira naquele ambiente escuro, com a pouca luz de um globo estroboscópico, cujos efeitos são movimentos aparentes menores que a frequência real, no mesmo sentido ou até em sentido oposto ao do movimento real.
Naquele embalo, a bombeira o abraçou por trás e ele sentiu na sua lombar os bicos do seio duros, como se fosse o capeta espetando um pecador no inferno.
-Pare com isso, Sherazade (nome fictício da estagiária) pode não gostar e brigar contigo.
Foi em vão o pedido do doutor. Pelo contrário, a bombeira desceu as mãos que laçavam o seu corpo e desceu os dedos sorrateiramente por dentro do cinto e ficou fazendo caracóis com seus pubianos.
Ele tentou se soltar, mas a bombeira o agarrou com mais força ainda.
-Pare com isso. Olhe lá, ela está vindo.
-Não se preocupe, doutor. Está tudo combinado com ela, esta noite o doutor é nosso!
A estagiária chegou e o abraçou pela frente, dançando e fazendo um sanduíche com o mancebo doutor, iniciando uma batalha de línguas de 2 minutos.
E assim ficaram dançando a três, mas as mãos da bombeira já não cabiam dentro da cueca do doutor, fazendo valer algumas leis da física: 
(1) a primeira é que a toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade; (2) a segunda é a lei da impenetrabilidade, vez que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço concomitantemente (rss). 
E as mãos da bombeira também comprovaram a verdade da lei da inércia (1ª Lei de Newton), segundo a qual todo corpo continua em seu estado de repouso a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.
Portanto, o mastro subiu como um telescópio de submarino, emergindo fora das calças.
-Uau! – comemoraram as duas.
A noite acabou no apartamento da bombeira, na penumbra do quarto bem decorado de paredes azuis, iluminado apenas pela luzinha da central de ar.
A dupla empurrou o doutor sobre os lençóis macios e enquanto uma desabotoava a camisa a outra tirava suas meias e abria seu zíper.
-Espera aí, vou tomar um banho antes – disse o doutor.
-Nã-na-ni-na-não – disseram as duas em coro. Vamos lhe dar um banho de gato.
A bombeira começou lambendo o dedão do pé e a estagiária no sentido oposto pelos lóbulos das orelhas, pescoço e tudo que encontrava pela proa ladeira abaixo.
Lentamente, as duas se encontraram na altura do umbigo do doutor e grudaram os lábios uma na outra por alguns minutos. Quando paravam de se beijar, desciam seus lábios para o lado de baixo do equador do rapaz, levando-o ao delírio.
O doutor ficou louco de vontade de ter a estagiária, mas esta disse não, empurrando a bombeira para ele.
-Primeiro ela...
A bombeira se virou de costas, de ladinho e disse:
-Ele é todo seu.
O doutor estranhou porque geralmente as mulheres, embora muitas gostem, não admitem que fazem, principalmente em sede de “ménage à trois”, onde por vergonha uma da outra e falso pudor o prato servido é o feijão com arroz (rss).
Mas não era hora de questionar nada e por isso mandou ver! E um cheiro de látex queimado tomou conta do ambiente.
Enquanto isso, numa conhecida posição numérica invertida, uma levava a outra ao paraíso em forma de ondas de choque pelo corpo.
Quando a bombeira foi ao banho, o doutor realizou todo seu desejo contido e incubado com a estagiária, como se fosse um marinheiro sedento depois de meses em alto mar.
A bombeira voltou ainda molhada, debruçou-se sobre as costas do doutor, sanduichando-o e mordendo sua nuca. Mas o entusiasmado doutor sentiu algo estranho roçando a porta dos fundos, até pensou que estava sendo “consolado”.
Mas quando apalpou com a mão e tentou tirar dali, não conseguiu porque o “consolo” estava colado na bombeira! (kkk)
Quando olhou para trás viu uma bengalinha. Era menor que a sua, mas era uma bengala. E não é todo mundo que nasceu para levar bengalada! (rsss)
-Que é isso? Você não é mulher?
-Calma, amor. Sou mulher sim, mas sou uma mulher diferente – disse-lhe a bombeira sorridente. Algum preconceito?
Resumo da história: A bombeira e o doutor se casaram e a estagiária se tornou sua assessora, fazendo horas extras noturnas quase todo dia naquele quarto de paredes azuis.
Quem disse que não existe amor a três? Os tempos mudaram! 
Bem que diziam com razão nossas mães: 
-É, meu filho, você ainda vai ver coisas...

Comentários:
Adilson Garcia

Publicado por:

Adilson Garcia

Advogado, promotor de Justiça aposentado e mestre em Direito Ambiental e Políticas Públicas pela Universidade Federal do Amapá e doutor em Direito pela PUC de São Paulo.

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