A tradicional pescaria comunitária do Dia do Trabalhador, promovida pela Prefeitura de Macapá na Praça Floriano Peixoto teve um custo de R$ 55 mil aos cofres públicos, conforme o Extrato de Dispensa de Licitação nº 001/2025.
O montante foi destinado à aquisição de 2,5 toneladas de peixes das espécies Tambaqui, Pirapitinga e Tambatinga. Ou seja o quilo do peixe saiu a R$ 22. No entanto, o que era para ser uma celebração terminou em frustração e revolta, com muitos participantes reclamando do tamanho diminuto dos peixes e da grande quantidade de animais mortos na lagoa.
Imagens que circularam nas redes sociais no dia seguinte ao evento revelaram um cenário de desastre ambiental, com centenas de peixes pequenos boiando sem vida na lagoa.
A causa da mortandade, segundo a Secretaria de Agricultura de Macapá, pode ter sido a falta de oxigenação da água, agravada pelo grande número de pessoas que entraram na lagoa durante a pescaria e pela incapacidade do ecossistema de suportar a carga de 2,5 toneladas de peixes despejados, alguns já mortos no momento da soltura.
Apesar do investimento significativo, a qualidade do pescado e as consequências ambientais geraram críticas da população. Moradores próximos à praça também manifestaram seu descontentamento com o forte odor que emana da lagoa. Além disso, uma mulher foi ferrada por uma arraia.
Diante do cenário de mortandade e das possíveis causas ambientais, a Polícia Civil do Amapá (PC-AP) anunciou, nesta sexta-feira (2), a abertura de um inquérito pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). A investigação busca determinar as condições sanitárias dos peixes, as circunstâncias de sua introdução na lagoa e se houve crime de poluição ambiental, visando a responsabilização dos envolvidos.
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