O governador do Amapá, Clécio Luís, manifestou-se na noite deste domingo (4), através da rede social X, sobre a operação da Polícia Militar que resultou na morte de sete pessoas na madrugada do mesmo dia, na Via Expressa Aníbal Barcellos, bairro Pantanal.
Mesmo em viagem a Houston, nos Estados Unidos, onde trata de assuntos de interesse do Amapá a convite da presidente da Petrobras, o governador anunciou medidas imediatas para apurar o caso.
Em sua postagem, Clécio Luís afirmou ter tomado conhecimento da ocorrência logo após o pouso em Houston, após uma viagem de 17 horas. Diante da gravidade dos fatos, o governador determinou "a imediata e rigorosa apuração dos fatos, o afastamento dos envolvidos e assistência às famílias afetadas".
O chefe do Executivo estadual assegurou que o governo agirá "com firmeza e responsabilidade para que tudo seja devidamente esclarecido". Adicionalmente, Clécio Luís informou ter determinado que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) realize uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (5) para repassar os esclarecimentos sobre o caso com "total transparência à população".
A manifestação do governador ocorre em meio a versões conflitantes sobre a ação policial que culminou na morte de sete jovens, sendo que quatro deles pertenciam à mesma família. De um lado, a PM alega que os indivíduos eram faccionados, estavam armados e reagiram à abordagem. Do outro, familiares e amigos das vítimas negam a versão de confronto, afirmando que os jovens voltavam de uma partida de futebol e foram alvejados sem aviso.
A Polícia Militar informou que a ação envolveu equipes do PATAMO e da Companhia de Operações Especiais (COE) do BOPE, que atenderam a uma denúncia anônima sobre um grupo armado vendendo drogas em um carro branco. Durante o patrulhamento, o veículo suspeito foi localizado e, segundo a PM, os ocupantes tentaram fugir, colidindo com uma viatura e atirando contra os policiais, que revidaram.
A corporação também divulgou a identificação de cinco dos sete mortos, incluindo Erick Marlon Pimentel Ferreira, conhecido por chefiar o tráfico de drogas na zona norte e ser membro de uma organização criminosa. Com o grupo, a polícia apreendeu um arsenal de armas de diversos calibres, munições, drogas e dinheiro em espécie.
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