A velha máxima de que "a ocasião faz o ladrão" parece ter encontrado eco na conduta de Cleyton da Costa Gonçalves, vulgo "Micos", de 29 anos. Apontado como liderança influente da facção criminosa Comando Vermelho, com origem no Rio de Janeiro, ele foi preso pelo Grupo Tático Aéreo (GTA) em uma operação certeira na tarde do Dia das Mães, domingo (11), em Macapá.
A prisão ocorreu apenas um dia após "Micos" ter recebido o benefício da saída temporária do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para o feriado familiar.
A ação policial, que contou com o suporte crucial da Coordenadoria de Inteligência e Operações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), revelou que a liberdade de "Micos" tinha um propósito sombrio.
Investigações da Operação Protetor indicavam que ele estava se articulando para vingar a morte de seu irmão, assassinado por um membro de facção rival. No entanto, seus passos estavam sendo atentamente monitorados pelas autoridades.
A interceptação de Cleyton ocorreu na Rodovia do Curiaú, nas proximidades da Comunidade da Casa Grande, a cerca de 15 km da zona norte da capital amapaense. Ele transitava em um veículo Fiat Palio prata, com destino ao distrito de São Joaquim do Pacuí, área rural de Macapá. "Micos" já possuía um histórico criminal extenso, com passagens por roubo e tráfico de drogas, o que reforçava a preocupação das forças de segurança.
Durante a abordagem policial, a equipe do GTA localizou em posse de "Micos" uma arma de fogo calibre 38 com a numeração raspada, indício claro de sua intenção criminosa. A busca minuciosa no interior do veículo revelou uma caixa contendo 50 munições do mesmo calibre, um arsenal pronto para ser utilizado.
As diligências da Operação Protetor não se encerraram com a prisão e a apreensão na rodovia. A investigação se estendeu até um terreno situado na comunidade de Corre Água, também na zona rural de Macapá, onde os policiais apreenderam mais uma arma de fogo, desta vez uma espingarda calibre 20.
Além do armamento pesado, a operação resultou na apreensão de R$ 1.148,00 em dinheiro e um aparelho celular, que certamente seria alvo de análise para identificar possíveis contatos e planos da facção. Os demais ocupantes do veículo em que "Micos" estava foram liberados após averiguação.
Comentários: