A conta das extravagâncias da gestão do prefeito Antônio Furlan com shows milionários, empréstimos e contratos chegou. A cidade, que em 2019 apresentava um superávit de R$ 67,2 milhões, encerrou 2023 com um déficit de R$ 267,5 milhões. A situação se agravou ainda mais no primeiro semestre de 2024, com um déficit adicional de R$ 65,4 milhões, totalizando um rombo de R$ 332,9 milhões.
A gestão Furlan conseguiu reverteu o superávit encontrado, transformando quase R$ 300 milhões em convênios herdados em déficit. Além disso, a prefeitura recebeu mais de R$ 380 milhões do Governo do Estado pela concessão do sistema de saneamento e realizou R$ 210 milhões em empréstimos, mas mesmo assim, a dívida pública aumentou significativamente.
A principal causa desse desequilíbrio nas contas públicas é a explosão dos gastos, especialmente com pessoal, segundo análise do especialista em gestão pública Valdir Simão, ex-ministro da CGU e do Planejamento.
O resultado primário, que mede a diferença entre as receitas e despesas da prefeitura, excluindo os juros da dívida, serve como um termômetro da saúde financeira do município. Um resultado negativo, como o de Macapá, indica que a cidade está gastando mais do que arrecada, comprometendo sua capacidade de honrar suas obrigações e de realizar investimentos.
A situação é ainda mais grave se considerarmos a perspectiva de piora nos próximos anos, como alerta o especialista Valdir Simão. A falta de planejamento e a gestão irresponsável dos recursos públicos podem levar Macapá e mais cinco capitais brasileiras a uma crise financeira ainda maior, com consequências diretas para a população, como a redução de serviços essenciais e o aumento da dívida pública.
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