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Quinta-feira, 30 de Outubro de 2025

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Versão de agressão a prefeito Furlan não se confirma em ocorrência policial

Tumulto em agenda do prefeito Furlan terminou com prisão de jornalistas sem provas de agressão. Apoio radical ao prefeito quase provocou linchamento em Macapá, segundo a Guarda Municipal.

Versão de agressão a prefeito Furlan não se confirma em ocorrência policial
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Os jornalistas Heverson Castro e Iran Fróes foram presos neste domingo (17) durante agenda do prefeito de Macapá, Antônio Furlan, após um tumulto em frente ao Hospital Municipal da Zona Norte. O caso ganhou repercussão imediata nas redes sociais, com versões de que o prefeito teria sido agredido, fato que não foi confirmado, tanto que Furlan não figura como vítima no boletim de ocorrência.

Durante a vista do prefeito a obra, Heverson o questionou sobre o atraso no cronograma da obra, iniciada em 2023, e também sobre o cenário político municipal. As perguntas não agradaram Furlan, que reagiu de forma ríspida. O celular de Iran, que registrava a cena, teria sido derrubado pelo próprio prefeito.

A partir daí, o clima se deteriorou. Testemunhas relataram que assessores e apoiadores do prefeito agrediram os jornalistas com empurrões e socos, numa tentativa de silenciar as perguntas. A reação foi tão intensa que, segundo o guarda municipal Armando, os dois comunicadores chegaram a ser imobilizados por populares e corriam sério risco de serem linchados.

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“Se a gente não chegasse antes, com certeza seriam linchados”, afirmou o guarda, ao relatar que precisou intervir para garantir a segurança dos profissionais. (Imagens Olho de Boto/Portal Seles Nafes)

Acusações frágeis

Após a confusão, os jornalistas foram levados ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e, em seguida, conduzidos à Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DECCM). O motivo foi a denúncia de duas assessoras, que alegaram terem sofrido cotoveladas, empurrões e xingamentos.

No entanto, o advogado Maurício Pereira, que acompanha os jornalistas, contestou a versão. Segundo ele, não há imagens que comprovem as supostas agressões, e os jornalistas, na verdade, foram vítimas de violência enquanto cumpriam o dever de informar.

“Eles estavam cumprindo seu mister como jornalistas, defendendo o direito de expressão, e foram vítimas de violência contra a sua profissão e prerrogativas”, afirmou o defensor.

O que pesa contra os jornalistas

  • Denúncia de duas mulheres por suposta agressão (sem imagens de comprovação)
  • Acusação inicial de agressão ao prefeito, não confirmada nem registrada em boletim
  • Prisão ocorreu em meio a tumulto, com jornalistas já imobilizados por populares

A expectativa é de que o caso resulte em um termo circunstanciado, sem prisão em flagrante, já que as acusações não se sustentam em provas materiais.

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De Bubuia

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