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Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

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Voo direto entre Macapá e Caiena deve reduzir custos, impulsionar negócios e turismo

Conexão aérea, prevista até o fim de 2025, deve fortalecer integração econômica entre Amapá e Guiana Francesa.

Voo direto entre Macapá e Caiena deve reduzir custos, impulsionar negócios e turismo
Autoridades francesas reforçaram a importância da integração regional por meio da retomada da rota aérea. Fotos: Israel Cardoso
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Empresários e turistas que precisam se deslocar entre Macapá (AP) e Caiena (Guiana Francesa) poderão contar, até o final de 2025, com um voo direto que promete transformar a dinâmica econômica e logística da região. O projeto foi confirmado em reunião nesta quarta-feira (3) entre o governador Clécio Luís, a Câmara de Turismo da Guiana Francesa (CTG) e a companhia Guyane Express Fly.

Atualmente, quem viaja entre os dois territórios precisa recorrer a rotas longas e custosas, como conexões em Belém ou até em aeroportos de outras capitais brasileiras, o que encarece tarifas e consome tempo ou pegar a estrada pela BR-156 até Oiapoque, atravessar de catraio ou de carro pela ponte até Saint George e seguir viagem. A nova linha aérea elimina essa barreira, tornando a viagem mais rápida, previsível e competitiva.

Impacto econômico direto

Segundo especialistas, o voo direto terá duplo impacto:

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  • Negócios: investidores e empresários de setores estratégicos, como comércio exterior, mineração, agronegócio e serviços, poderão reduzir custos logísticos e ampliar suas operações dentro do chamado Platô das Guianas, corredor econômico que integra Brasil, Guiana Francesa, Suriname e Guiana.
  • Turismo: a conexão tende a fomentar o fluxo de visitantes de ambos os lados da fronteira, especialmente em nichos como turismo de eventos, ecológico e cultural, fortalecendo empresas locais e ampliando a receita do setor.

“O Amapá tem atuado para criar um ambiente de negócios mais competitivo. A nova rota é parte disso. Estudamos, inclusive, reduzir o ICMS do combustível de aviação para baratear a operação”, afirmou o governador Clécio Luís.

O projeto

A operação será feita com aeronaves Let L-410 Turbolet, de porte leve e capacidade para 19 passageiros, modelo adequado para rotas regionais. Inicialmente, a empresa prevê operar com duas unidades, ampliando conforme a demanda.

“Apresentamos esse projeto à CTG, que entrou como investidora. Assim que recebermos as aeronaves, estaremos prontos para iniciar a operação”, disse Frank Louidom, CEO da Guyane Express Fly.

Cooperação internacional

O projeto integra as diretrizes do Acordo de Cooperação Brasil–França e reforça a diplomacia transfronteiriça. Para Jean-Lu Le West, presidente da CTG, a rota é estratégica:

“A abertura dessa linha fortalece turismo, economia e interação cultural. Nossa vontade é unir o espaço aéreo da Guiana e do Amapá seguindo todas as regras necessárias”, destacou.

Para além da logística

Mais do que uma rota aérea, a iniciativa simboliza um reposicionamento do Amapá no mapa econômico internacional. Ao reduzir barreiras de deslocamento, cria oportunidades concretas para que empresários e turistas vejam a região como ponto de conexão e não como periferia geográfica.

Se hoje a viagem Macapá–Caiena exige planejamento logístico e custos elevados, até o final do ano a expectativa é de que se torne um percurso simples, direto e economicamente viável, abrindo novas rotas de desenvolvimento para os dois lados da fronteira.

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De Bubuia

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