O prefeito de Macapá, Antônio Furlan, voltou a ser alvo de críticas após novas declarações sobre o transporte público da cidade. Em entrevista à Rádio Diário FM nesta quarta-feira, 18, o gestor municipal fez afirmações consideradas mentirosas e desrespeitosas pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap).
Em nota oficial, o Setap acusa Furlan de promover o sucateamento intencional do transporte público, com o objetivo de beneficiar empresas recém-criadas. Segundo o sindicato, desde o início da gestão atual, a frota de ônibus foi reduzida drasticamente, passando de 162 para apenas 40 veículos.
"O prefeito mente descaradamente ao falar sobre o transporte público. A realidade é que ele tem sabotado o sistema para favorecer seus aliados", afirma a nota do do Setap.
Além da redução da frota, o Setap denuncia que a gestão Furlan fracassou em duas tentativas de promover chamamentos públicos para a contratação de novas empresas, alegando que a tarifa é defasada e que há insegurança jurídica devido a diversos processos investigando fraudes em licitações.
"A atual gestão tem sido marcada por uma série de irregularidades, como a fraude na licitação do sistema de bilhetagem e a intervenção ilegal no sistema de transporte", denunciou o sindicato.
O Setap aguarda atualmente o julgamento de um recurso no Tribunal de Justiça sobre a fraude na licitação do sistema de bilhetagem e já obteve uma decisão favorável em outro processo que considerou ilegal a intervenção no sistema de transporte e a retirada sumária de uma empresa de ônibus.
Leia a nota na íntegra
NOTA DO SETAP
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) lamenta a forma vil, aleivosa e pusilânime com que o prefeito Furlan se referiu às empresas de ônibus em entrevista na manhã desta quarta-feira, 18, na Rádio Diário FM. Desde que iniciou a atual gestão, tem sido promovido o sucateamento do transporte público com o nítido objetivo de favorecer a entrada de empresas criadas a "toque de caixa".
Em três anos, a atual gestão reduziu de 162 para 40 o número de ônibus e fracassou em duas tentativas de promover chamamento público pois a tarifa é defasada e não há segurança jurídica em razão de tantos episódios em investigação relacionados à fraude processual e fraude à licitação.
O Setap atualmente aguarda julgamento de recurso no Tribunal de Justiça no processo de fraude na licitação do sistema de bilhetagem e já teve decisão favorável no processo que considerou ilegal a intervenção no sistema de transporte e retirada sumária de uma empresa de ônibus.
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