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Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

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Pornografia infantil: prisão em Porto Grande, no Amapá, expõe crime brutal

Investigado guardava imagens de uma criança de 1 ano; caso expõe limites sombrios da perversidade humana no Amapá.

Pornografia infantil: prisão em Porto Grande, no Amapá, expõe crime brutal
Foto: Polícia Civil
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Há crimes que não cabem na medida das leis, mas no abismo da alma humana. Em Porto Grande, um homem de 20 anos foi preso na sexta-feira (3) por guardar no celular imagens de uma criança de apenas um ano. Mais do que provas materiais, o flagrante revela até onde a perversidade humana pode caminhar quando não encontra limites.

A Polícia Civil descobriu que o investigado não apenas armazenava arquivos ilegais, mas confessou planejar a produção de um vídeo envolvendo a vítima. Na tela fria do celular, as provas se transformam em espelhos de uma degradação moral que nenhum código penal traduz por completo.

Foram cinco meses de investigações da Delegacia de Crimes Cibernéticos. No rastro das buscas, 75 mídias com registros de abuso infantil foram identificadas. Na operação desta sexta-feira (3), outras 57 apareceram, dez delas com menores de idade.

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A delegada Áurea Uchôa, responsável pelo caso, revelou que o suspeito usava plataformas de jogos online para se aproximar de crianças. Ali, atrás de avatares coloridos e conversas aparentemente inocentes, o predador aguardava. “Ele disse que consome pornografia infantil desde 2023 e que já tinha uma criança em mente para gravar o vídeo”, afirmou.

A confissão mostra que a perversidade não mora apenas em arquivos eletrônicos: ela se infiltra nas brechas da tecnologia, camuflada entre risadas de jogos e a confiança de uma infância que não deveria conhecer a palavra medo.

O flagrante foi parte da Operação Katharós, que cumpriu mandados de busca em Macapá e Porto Grande. Mas o caso extrapola o processo criminal. Ele ilumina a ausência de barreiras éticas num mundo em que a tecnologia avança mais rápido do que a consciência.

Um jovem de 20 anos, com a vida inteira pela frente, escolheu atravessar para o lado escuro da história: não o da juventude criadora, mas da juventude que mutila a inocência alheia.

O investigado vai responder por armazenar material de exploração sexual infantil, crime previsto no Código Penal. Mas a sociedade ainda precisa responder por outra dimensão: como proteger as crianças em um território digital que se abre sem vigilância?

A prisão em Porto Grande lembra que o mal não está longe. Às vezes, ele está na palma da mão, no brilho de uma tela que deveria ser apenas espaço de lazer.

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De Bubuia

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