No Dia do Professor, o clima nas escolas municipais de Macapá é de indignação.
Após quatro anos de promessas, a categoria marcou paralisação nos dias 16 e 17 de outubro para cobrar do prefeito Antônio Furlan compromissos nunca cumpridos com o magistério.
Piso salarial segue abaixo do nacional
Em 2021, Furlan anunciou com festa o pagamento do piso nacional do magistério e aplicou reajuste de 48%.
Mas nos anos seguintes, o piso federal subiu e Macapá ficou para trás: reajustes de 6% (2023), 8,27% (2024) e 11,1% (2025) não bastaram para equiparar os salários à lei. O Sinsepeap reconhece avanços, mas lembra: “o piso continua incompleto”.
Plano de carreira ficou pelo caminho
O prefeito também prometeu revisar o plano de carreira do magistério.
Houve correção de progressões e piso para auxiliares, mas a revisão ampla nunca saiu do papel.
Professores chamam o resultado de “valorização pela metade” e cobram o cumprimento dos acordos firmados desde 2023.
Escolas reformadas só na propaganda
Enquanto a prefeitura exibe vídeos de obras e creches novas, a realidade é outra. Salas abafadas, prédios deteriorados e falta de manutenção seguem rotina em várias escolas municipais.
Auditorias do TCE apontam problemas estruturais e ausência de segurança básica.
Protesto logo após o Dia do Professor
Sem piso integral, sem carreira atualizada e com escolas precárias, os professores decidiram parar. A paralisação de 16 e 17 de outubro será o recado da categoria a Furlan: “Não há o que comemorar — só resistir.”
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