O que antes era sinônimo de medo e humilhação começa a se transformar em um espaço de dignidade e proteção. O Governo do Amapá implementou novas regras para as visitas na Penitenciária Masculina, o “Cadeião”, inaugurando uma fase marcada por mais organização, respeito às famílias e firmeza contra as facções criminosas.
Agora, os encontros entre presos e familiares acontecem em um ambiente estruturado exclusivamente para esse fim, climatizado, com banheiros, câmeras e presença permanente da Polícia Penal. O visitante não é mais exposto ao ambiente hostil dos pavilhões, onde reinavam ordens de facções. Cada encontro é individualizado: um visitante, um preso.
A mudança põe fim a práticas que alimentavam o crime organizado, como a venda de senhas, a submissão de mulheres a riscos e até o uso forçado delas como mensageiras do tráfico. O tempo também ganhou valor: em vez de contatos apressados, cada preso terá direito a duas horas completas de visita, em dias distribuídos num calendário rotativo que elimina filas e aglomerações.
Entre as novidades, o retorno das visitas infantis é simbólico: após três anos de proibição, filhos poderão rever pais em condições seguras, acompanhados de responsáveis legais.
O diretor do Iapen, Luiz Carlos Gomes, resume a mudança em uma frase: “Quem manda no presídio agora é o Estado, e não o crime”. Mais que ajustes operacionais, as novas regras são parte de uma ofensiva maior do governo Clécio Luís para consolidar o Amapá Mais Seguro, com investimentos em viaturas blindadas, drones, inteligência policial e ampliação do efetivo.
É o Estado assumindo o controle onde antes imperava o medo. É dignidade para as famílias e firmeza contra quem usava a cadeia como escritório do crime.
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