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Quarta-feira, 15 de Outubro de 2025

Notícias/Direitos Humanos

Amapá garante voz ativa à população de rua com eleição inédita organizada pela DPE

Iniciativa da Defensoria Pública elegeu chapas municipal e estadual para o triênio 2025-2028, fortalecendo a voz dessa comunidade.

Amapá garante voz ativa à população de rua com eleição inédita organizada pela DPE
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A Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) promoveu nesta quinta-feira (3) a primeira eleição para representantes da população em situação de rua no estado. O objetivo da iniciativa é fortalecer a representatividade desse grupo e estabelecer um canal direto de diálogo com os órgãos públicos e entidades assistenciais.

Durante o processo eleitoral, foram eleitas duas chapas, uma para representação municipal e outra para o nível estadual, com mandato para o triênio 2025-2028. Ao todo, 101 eleitores participaram da votação. As chapas de Ronda e Marinaldo foram as vencedoras, respectivamente nos âmbitos municipal e estadual. Os representantes eleitos ocuparão os cargos de Coordenador, Coordenador Adjunto, Secretário Executivo e Secretário Adjunto.

Para garantir a participação efetiva dos eleitores, a equipe da DPE-AP realizou uma busca ativa na capital, utilizando a van da instituição para transportar pessoas em situação de rua até o local de votação.

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O defensor público Arthur Pessoa destacou a eleição como um marco na luta pelos direitos dessa população. "Conseguindo eleger os representantes, será possível intermediar com os poderes públicos, ampliar a participação em eventos e, em um próximo momento, criar uma associação para essa população tão vulnerável", afirmou.

Darlin Reis, de 30 anos, compartilhou sua perspectiva sobre a importância da eleição para quem vive ou já viveu nas ruas. "É uma representatividade que vai fazer com que as instituições possam atender esse público de uma forma mais eficaz do que é feita hoje em dia", disse.

Ela também ressaltou as diversas dificuldades enfrentadas por essa população: “Pessoas param na rua por vários motivos, porque foram abusadas, apanhavam dos pais. Isso traz para as pessoas que moram nas ruas um desamor. O mais importante não é somente o olhar, e sim de amar ao próximo, de se sentir acolhida pelas instituições e que ela pode sair desse lugar. Precisamos de psicólogo, saúde, financeiro, pois precisamos nos alimentar. São tantos problemas que o morador de rua enfrenta".

A eleição seguiu as diretrizes do Movimento Nacional das Pessoas em Situação de Rua e está fundamentada na Lei 14.821/2016, que institui a Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua. Essa legislação prevê a implementação de representantes que atuem na defesa dos direitos dessa comunidade.

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De Bubuia

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