Site de Notícias do Amapá

Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

Notícias/Justiça

Amapá lidera ranking com menor taxa de feminicídio no Brasil

Investimentos em segurança pública refletem na queda da violência contra mulheres no Amapá, aponta CLP.

Amapá lidera ranking com menor taxa de feminicídio no Brasil
Fotos: CLP Divulgação, Márcia do Carmo
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

No Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o Amapá ocupa o 1º lugar entre os que menos registram feminicídios: a taxa é de apenas 0,3 vítimas a cada 100 mil mulheres.

Num país onde a violência contra a mulher ainda se alastra como ferida aberta, o Amapá desponta como exceção. A estatística não é apenas um número frio: é o reflexo de políticas públicas que conseguiram, mesmo diante de tantas dificuldades, transformar índices em vidas preservadas.

Segundo o CLP, o indicador de feminicídio passou a integrar o pilar de Segurança Pública no ranking nacional. A inclusão desse dado mostra que não basta medir apenas a estrutura policial, mas também como o Estado responde à violência que mais escancara a desigualdade de gênero.

Publicidade

Leia Também:

Nos últimos anos, o governo estadual intensificou investimentos em segurança pública, desde a modernização da Polícia Civil e Militar até a criação de delegacias especializadas e o fortalecimento das redes de proteção às mulheres. Cada viatura que chega, cada servidor treinado, cada estrutura criada é uma tentativa de romper o ciclo de violência.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública destaca que esses avanços não vêm do acaso, mas de uma política planejada e sustentada em investimentos consistentes. A violência, que tantas vezes percorre as casas e ruas do Brasil como sombra, encontra no Amapá uma resistência mais firme.

O feminicídio foi tipificado pela Lei nº 13.104, de 2015, como qualificadora do homicídio quando motivado por razões da condição de sexo feminino. Em 2024, a Lei nº 14.994 transformou o feminicídio em crime autônomo, reforçando sua gravidade no ordenamento jurídico.

Ainda assim, relatórios como o do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) lembram que a luta não termina nas leis: é preciso garantir comparabilidade histórica e vigilância constante sobre os números.

Estar em primeiro lugar no ranking não significa que o problema deixou de existir. Cada mulher assassinada no Amapá continua sendo um grito interrompido, uma vida arrancada pelo machismo estrutural. O dado, ainda que positivo, é também um convite à reflexão: como manter e aprofundar políticas que garantam que menos famílias sejam destruídas pela violência?

No coração da Amazônia, o Amapá mostra que a segurança pública pode ser mais que aparato policial: pode ser sinônimo de cuidado, de investimento em vidas, de proteção à dignidade da mulher.

Comentários:
De Bubuia

Publicado por:

De Bubuia

Saiba Mais

Veja também

Geral
Geral

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )