No Brasil, 1 a cada 4 pessoas acima de 16 anos sofreu algum tipo de golpe virtual em 2024, segundo pesquisa da DataSenado. Autoridades e especialistas garantem: a realidade local acompanha a tendência nacional, com fraudes cada vez mais sofisticadas que atingem diretamente a população do estado.
De acordo com o relatório da Serasa Experian (2025), mais de 50% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes digitais, sendo que 20% perderam valores entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. Para a Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), o crescimento é alarmante: foram registradas 5 milhões de fraudes no país em 2024, um aumento de 45% em relação ao ano anterior.
Casos recentes no Amapá mostram como os golpes já atingem a população
Os números nacionais não são apenas estatísticas distantes. Eles se refletem no dia a dia do Amapá. Nos últimos meses, diferentes órgãos do estado emitiram alertas ou desarticularam quadrilhas especializadas em fraudes digitais:
- Golpe da UTI → Polícia Civil alertou sobre criminosos que pediam dinheiro para custear falsas internações hospitalares.
- Quadrilha virtual → Um grupo que faturou cerca de R$ 100 mil em golpes online no Amapá e mais cinco estados foi desarticulado.
- Golpe do falso familiar → Quadrilha de Mato Grosso foi presa após aplicar fraudes em amapaenses, se passando por parentes das vítimas.
- Cartilha do Procon → Para reduzir o impacto das fraudes, o Procon lançou um guia digital educativo voltado a consumidores durante a Black Friday do ano passado.
- Golpe dos precatórios → O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) voltou a alertar sobre criminosos que cobram taxas falsas para liberar supostos pagamentos (Diário do Amapá, 2024).
- Falso advogado → A OAB-AP também precisou intervir após criminosos se passarem por advogados para extorquir vítimas no estado (OAB-AP, 2025).
Esses episódios reforçam que os amapaenses já estão na mira direta das quadrilhas digitais.
Golpes mais comuns
No Amapá, assim como em todo o país, os golpes mais recorrentes envolvem:
- Recibo falso de Pix – comprovantes adulterados para enganar vendedores.
- Clonagem de WhatsApp – criminosos pedem dinheiro se passando por amigos ou parentes.
- Engenharia social – convencem vítimas a compartilhar senhas ou códigos sigilosos.
- Falsa central bancária – ligação de falsos atendentes que orientam a vítima a “corrigir um problema” e coletam seus dados pessoais.
Como se proteger
- Desconfie de pedidos urgentes de dinheiro.
- Verifique sempre os dados do destinatário antes de transferir via Pix.
- Não clique em links enviados por SMS ou redes sociais sem verificar a fonte.
- Ative a autenticação em dois fatores em aplicativos de mensagem e bancos digitais.
- Em caso de golpe, registre ocorrência imediatamente na Polícia Civil.
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