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Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

Notícias/Política

Conselho do MP reabre denúncia contra gestão Furlan arquivada por promotor irmão de senador

Conselho Superior do Ministério Público reformou decisão de promotor José Cantuária, irmão do senador Lucas Barreto. O caso tem relação com o arquivamento de denúncia de licitação da obra da rampa do Araxá, avaliada em quase R$ 700 mil.

Conselho do MP reabre denúncia contra gestão Furlan arquivada por promotor irmão de senador
Conflito de interesse: Promotor José Cantuária, é irmão do senador Lucas, que é um dos principais apoiadores do prefeito Furlan
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O Conselho Superior do Ministério Público do Amapá (MP-AP) decidiu reformar a decisão de arquivamento da Notícia de Fato nº 20.06.0000.0008316-2025-74, que pedia a disponibilização completa dos documentos da licitação da obra da rampa do Araxá, avaliada em quase R$ 700 mil.

O processo havia sido inicialmente arquivado pelo promotor de Justiça José Cantuária Barreto, sob o argumento de que os portais de transparência municipais teriam limitações estruturais para disponibilizar documentos não organizados. O recurso, porém, foi considerado procedente, com base no princípio constitucional da publicidade, que obriga a divulgação integral das informações de interesse público.

Conflito de interesse exposto

A decisão de arquivamento seria inusitada por si só, mas ganhou ainda mais repercussão diante de um fato: o promotor José Cantuária Barreto é irmão do senador Lucas Barreto, um dos principais apoiadores do prefeito Antônio Furlan (MDB) e responsável pelo envio de volumosos recursos via “emendas pix” à gestão municipal.

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Essas mesmas emendas estão sob suspeita. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o repasse após relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar indícios graves de irregularidades, incluindo falta de transparência e dificuldade de rastreabilidade dos valores transferidos.

Nomeação polêmica no MP-AP

O caso ganha ainda mais complexidade com a nomeação do promotor José Cantuária Barreto para o cargo de Coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, da Probidade Administrativa e das Fundações de Macapá.

A nomeação coloca sob questionamento sua capacidade de atuar com imparcialidade em denúncias que envolvem a Prefeitura de Macapá, já que seu irmão, o senador Lucas Barreto, é citado como o maior aliado político e financiador da atual gestão.

Debate sobre ética e imparcialidade

O Código de Ética do Ministério Público Brasileiro prevê que seus membros devem prevenir conflitos de interesse e atuar sem influências indevidas. Já o Código de Processo Civil é explícito ao vedar a atuação de membros do MP em casos que envolvam parentes consanguíneos.

A dúvida que fica é: o promotor terá isenção necessária para analisar novas denúncias contra a Prefeitura de Macapá ou repetirá o arquivamento ocorrido no caso da rampa do Araxá?

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De Bubuia

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