Macapá viveu um verdadeiro colapso no transporte público na noite desta quarta-feira (17). A partir das 18h, os ônibus da empresa Nova Macapá começaram a ser recolhidos às garagens, deixando milhares de passageiros sem alternativa de locomoção em plena hora de pico.
Segundo denúncias de motoristas, o motivo do recolhimento foi a falta de pagamento da Prefeitura ao posto responsável pelo abastecimento da frota. Sem combustível, os veículos não puderam continuar circulando. A revelação reforça uma acusação antiga: de que a empresa é, na prática, subsidiada pelo Município para se manter operando.
Fiscalização flagrou ônibus parados
O vereador Josélio Mais Saúde esteve na garagem da Nova Macapá logo após as primeiras denúncias e registrou dezenas de ônibus estacionados. O flagrante foi divulgado em vídeo e aumentou a indignação de quem depende do transporte coletivo.
“O usuário paga caro, enfrenta lotação e atrasos, e agora descobre que a frota inteira é recolhida por falta de combustível. Isso é um desrespeito com o povo”, criticou o parlamentar.
Impacto direto na população
Com a paralisação iniciada justamente no horário de maior movimento, trabalhadores, estudantes e usuários em geral ficaram presos nos pontos de ônibus, sem qualquer previsão de quando conseguiriam chegar em casa. “É revoltante, não temos outra opção de transporte”, desabafou uma passageira que aguardava na zona sul da cidade.
Modelo em xeque
A crise expõe não apenas a fragilidade da gestão da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac), mas também a dependência da empresa de repasses municipais. Sem uma solução estrutural, o serviço essencial segue à mercê de impasses financeiros.
O episódio desta quarta-feira mostrou, mais uma vez, que o transporte coletivo da capital está no limite. O que deveria ser um direito básico da população se tornou uma incerteza diária, que pode parar a qualquer momento e justamente quando a cidade mais precisa.
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