O quarto ciclo do período de defeso do caranguejo-uçá teve início nesta quinta-feira (27) e se estende até o dia 4 de março no Amapá. Durante esse período, a captura, transporte e comercialização do crustáceo estão proibidos, com o objetivo de proteger a reprodução da espécie e evitar o risco de extinção.
Para garantir o cumprimento da medida, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) intensificará as ações de fiscalização em todos os municípios do estado. Além disso, equipes de educação ambiental percorrerão feiras, portos e pontos de venda, levando informações sobre a importância do defeso e a necessidade de preservar o meio ambiente.
"É necessário que todos compreendam a importância em respeitar o período de defeso, pois cuidando da reprodução evitamos riscos de desaparecimento do crustáceo, mantemos o equilíbrio da natureza e, ainda, garantimos a geração de renda a partir da comercialização legal. Por isso é tão importante cuidar do que temos", destaca a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça.
Declaração de estoque e fiscalização rigorosa
Pessoas físicas e jurídicas que trabalham com o caranguejo-uçá devem apresentar declaração de estoque ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), detalhando a quantidade de animais vivos, congelados ou em partes. Essa declaração garante a legalidade da comercialização durante o período de defeso.
A fiscalização será rigorosa, e quem desrespeitar o período de defeso estará sujeito a multas e outras sanções. "Quem desrespeita o período de defeso comete infração ambiental gravíssima, recebe multa e até outras sanções. A população precisa ter essa consciência de que respeitando a legislação ambiental garantimos o equilíbrio dos ecossistemas", enfatiza o coordenador de Monitoramento e Fiscalização da Sema, Bruno Esdras.
Próximos ciclos
O próximo ciclo de defeso do caranguejo-uçá ocorrerá de 29 de março a 3 de abril de 2025. A medida, que se repete em cinco períodos ao longo do ano, é fundamental para a preservação da espécie e a manutenção dos ecossistemas de manguezais no Amapá.
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