O presidente da Câmara Municipal de Macapá, vereador Pedro DaLua (PSC), utilizou a tribuna para negar as acusações de assédio moral e perseguição política, afirmando que a gravação apresentada contra ele foi feita de forma “clandestina e editada” e usada para tentar “constrangê-lo e chantageá-lo”.
As denúncias foram apresentadas pela vereadora Luana Serrão (União Brasil), que levou o caso ao Ministério Público do Amapá, alegando que o presidente da Casa teria oferecido cargos e vantagens em troca de seu afastamento do mandato.
Defesa e acusações de “traição”
Segundo o vereador, o conteúdo da conversa não revela conduta irregular, mas sim sua tentativa de “recompor pontes e manter a harmonia partidária”, preservando o mandato da colega e evitando processo por infidelidade partidária.
“Não falei nada que desabone a minha conduta como presidente desta Câmara. Muito pelo contrário: o conteúdo da conversa revela meu caráter conciliador”, disse
DaLua classificou o episódio como um “ato de traição política” e citou o ex-deputado Ulysses Guimarães para reforçar sua posição. “Traidor é pior do que o inimigo declarado, porque fere pelas costas e ataca quando menos se espera”
Encaminhamento ao Conselho de Ética
O presidente anunciou que o caso será enviado à Procuradoria-Geral da Câmara, que emitirá parecer jurídico. Caso seja configurada quebra de decoro parlamentar, o processo será remetido ao Conselho de Ética para adoção das medidas cabíveis
“Esta não é uma decisão pessoal, mas institucional, porque compete a nós proteger a integridade desta Câmara e fazer valer o respeito às regras que nos regem”, completou.
Câmara em meio à crise
DaLua alertou que a situação não atinge apenas sua honra pessoal, mas “mancha a imagem da Câmara Municipal de Macapá perante a sociedade”, e que não permitirá que a “intriga e a traição se tornem regra” dentro do Parlamento.
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